Teorias modernas sobre a cultura
O que queremos
dizer com evolução? Para a maioria das pessoas, a palavra evolução
provavelmente significa o desenvolvimento gradual das diversas espécies vivas,
umas a partir das outras. Talvez ao longo das linhas propostas por Charles Darwin em seu trabalho “A
Origem das Espécies”. No entanto consideraremos evolução num contexto muito
mais amplo do que o da origem e desenvolvimento da vida. Voltemos no tempo para considerar a expansão
primordial do Universo, bem antes do aparecimento da vida.
Como o
Universo começou? Houve um começo? Muitas teorias foram propostas em diferentes
épocas, algumas baseadas na ciência física, outras em fundamentos espirituais,
metafísicos ou filosóficos. Atualmente, a teoria mais aceita no Ocidente é o
modelo cientifico baseado na noção de que o Universo teve início com um grande
estouro, um “Big-Bang”, há cerca de quinze bilhões de anos. De acordo com essa
teoria, todo o Universo que conhecemos surgiu de uma gigantesca bola de fogo
superaquecida que explodiu, se expandiu e resfriou-se rapidamente, condensando
ao longo de bilhões de anos incontáveis galáxias e miríades de estrelas.
Desde o início
do universo até os dias de hoje, a evolução tem inexoravelmente levado a uma
complexidade cada vez maior: o aumento da diversidade, da organização e da
conectividade. Desta crescente complexidade, surgiram novas ordens de evolução
e não há motivo lógico para supormos que essa tendência venha a ser
interrompida agora.
Para termos
ideia do novo nível de complexidade da sociedade atual, devemos antes examinar
a questão do aumento da diversidade. Em termos evolucionários, há dois aspectos
principais na diversidade. O primeiro é a variedade, isto é, a existência de
uma ampla gama de tipos em um grupo. Isso é algo que já ocorre com a
humanidade; não importa como se faça a subdivisão dos membros das espécies
humana (por nacionalidade, raça, tipo físico, profissão ou doutrinas),
certamente não há escassez de variedade.
O segundo
aspecto da diversidade é o crescimento em termos numéricos. A população humana
tem aumentado rapidamente, tendência que muitos consideram negativa. Porém, de
uma perspectiva evolucionária, o aumento numérico é vital à medida em que
contribui para a complexidade a partir da qual a evolução se torna possível.
Num aumento
exponencial, a taxa de crescimento é diretamente proporcional ao tamanho atual.
Isso significa que, quanto maior for uma coisa, mais depressa ela crescerá. A
população é o exemplo clássico.
A
possibilidade de a população estabilizar-se em torno de dez bilhões de
habitantes é interessante. Este valor parece indicar o numero aproximado de
elementos que é preciso reunir antes que possa surgir um novo nível de
evolução. É aproximadamente a quantidade de átomos que existe numa célula viva
simples e de células presente no córtex do cérebro humano. Se o mesmo limitar-se
a manter os níveis superiores de integração, a raça humana poderá rapidamente
aproximar-se do estágio em que haverá uma quantidade suficiente de consciências
auto-reflexivas no planeta para despontar o próximo nível evolucionário.
Números apenas
não bastam para provocar um grande salto evolucionário. O primeiro passo em
direção a organização social geralmente é o aglomera mento de elementos. A
tendência dos componentes se agruparem. No caso da sociedade humana, podemos
traçar um movimento contínuo: de pequenos grupos, de vilas tribais e clãs
hereditários até pequenos países e estados; e de nações a grupos maiores que
transcendem fronteiras geográficas e raciais.
Os grupos à
medida que aumentam e se integram também tornam-se mais organizados. Em vez de todos realizarem basicamente a mesma
tarefa, como nas sociedades primitivas de caçadores e colhedores, há nas
sociedades modernas um alto grau de especializações.
Hoje em dia
praticamente todos são especialistas. A interdependência e as interações da
sociedade humana que disso resultam geraram uma estrutura social altamente
complexa. O simples fato de pegarmos um carro e irmos ao supermercado fazer
compras, exige uma rede mundial interligada ocupando pessoas nos mais diversos
lugares: um seringal, um posso de petróleo, uma refinaria, uma usina
siderúrgica, uma mina de cobre, uma fábrica de automóveis, uma fazenda de
laranja, um fabricante de vidros e diversas firmas de importação, exportação,
entre outras.
Não é apenas
em um plano material que a sociedade esta cada vez mais organizada. A evolução
dos seres humanos fez surgir a consciência auto-reflexiva e, com ela, a
capacidade de refletir sobre o mundo que habitamos. Com isso, abriu-se a
possibilidade de haver uma evolução em nível mental, onde podemos constatar a
tendência organizadora manifestando-se em nós de diversas maneiras.
As muitas
facetas do conhecimento humano também podem ser consideradas maneiras de
organizar nossas experiências do mundo. Cada disciplina científica representa
um modo particular de buscar regras e leis subjacentes, de buscar e revelar a
ordem do mundo em que vivemos. A arte, do mesmo modo, tenta trazer à consciência humana ordens
ocultas da criação. Destas e de muitas outras maneiras, os seres humanos estão
constantemente descobrindo novas relações e organizando cada vez mais as
informações que dispomos a cerca do mundo.
Isso a
sociedade humana levou a um estágio além. Organizamos informações em nós mesmos
e no mundo ao nosso redor, compartilhamos nossas informações conscientemente e
alteramos o externo e o interno sem esquecer-se de nossas características que
nos tornam únicos. Se uma das respostas para “o que é evolução?” é a passagem
de um estágio simples a algo mais complexo, então de fato a humanidade, ao
longo de sua história e modo de agir alcançou.
BASES:
- OICT - Monografia 32 - paginas 15, 16 e 17. Monografia 34 - pgs 19, 20 e 21.
- Referências ideológicas do Thomas S. Khun
Livro: A Estrutura das Revoluções Cientificas
- (Teoria baseada no conceito do livro "Cultura: Um conceito Antropológico" de Laraia, Roque de Barros)
BASES:
- OICT - Monografia 32 - paginas 15, 16 e 17. Monografia 34 - pgs 19, 20 e 21.
- Referências ideológicas do Thomas S. Khun
Livro: A Estrutura das Revoluções Cientificas
- (Teoria baseada no conceito do livro "Cultura: Um conceito Antropológico" de Laraia, Roque de Barros)
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