terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ideia Sobre a Origem da Cultura

Teorias modernas sobre a cultura


O que queremos dizer com evolução? Para a maioria das pessoas, a palavra evolução provavelmente significa o desenvolvimento gradual das diversas espécies vivas, umas a partir das outras. Talvez ao longo das linhas propostas por Charles Darwin em seu trabalho “A Origem das Espécies”. No entanto consideraremos evolução num contexto muito mais amplo do que o da origem e desenvolvimento da vida.  Voltemos no tempo para considerar a expansão primordial do Universo, bem antes do aparecimento da vida.


Como o Universo começou? Houve um começo? Muitas teorias foram propostas em diferentes épocas, algumas baseadas na ciência física, outras em fundamentos espirituais, metafísicos ou filosóficos. Atualmente, a teoria mais aceita no Ocidente é o modelo cientifico baseado na noção de que o Universo teve início com um grande estouro, um “Big-Bang”, há cerca de quinze bilhões de anos. De acordo com essa teoria, todo o Universo que conhecemos surgiu de uma gigantesca bola de fogo superaquecida que explodiu, se expandiu e resfriou-se rapidamente, condensando ao longo de bilhões de anos incontáveis galáxias e miríades de estrelas.
Desde o início do universo até os dias de hoje, a evolução tem inexoravelmente levado a uma complexidade cada vez maior: o aumento da diversidade, da organização e da conectividade. Desta crescente complexidade, surgiram novas ordens de evolução e não há motivo lógico para supormos que essa tendência venha a ser interrompida agora.
Para termos ideia do novo nível de complexidade da sociedade atual, devemos antes examinar a questão do aumento da diversidade. Em termos evolucionários, há dois aspectos principais na diversidade. O primeiro é a variedade, isto é, a existência de uma ampla gama de tipos em um grupo. Isso é algo que já ocorre com a humanidade; não importa como se faça a subdivisão dos membros das espécies humana (por nacionalidade, raça, tipo físico, profissão ou doutrinas), certamente não há escassez de variedade.
O segundo aspecto da diversidade é o crescimento em termos numéricos. A população humana tem aumentado rapidamente, tendência que muitos consideram negativa. Porém, de uma perspectiva evolucionária, o aumento numérico é vital à medida em que contribui para a complexidade a partir da qual a evolução se torna possível.
Num aumento exponencial, a taxa de crescimento é diretamente proporcional ao tamanho atual. Isso significa que, quanto maior for uma coisa, mais depressa ela crescerá. A população é o exemplo clássico.
A possibilidade de a população estabilizar-se em torno de dez bilhões de habitantes é interessante. Este valor parece indicar o numero aproximado de elementos que é preciso reunir antes que possa surgir um novo nível de evolução. É aproximadamente a quantidade de átomos que existe numa célula viva simples e de células presente no córtex do cérebro humano. Se o mesmo limitar-se a manter os níveis superiores de integração, a raça humana poderá rapidamente aproximar-se do estágio em que haverá uma quantidade suficiente de consciências auto-reflexivas no planeta para despontar o próximo nível evolucionário.
Números apenas não bastam para provocar um grande salto evolucionário. O primeiro passo em direção a organização social geralmente é o aglomera mento de elementos. A tendência dos componentes se agruparem. No caso da sociedade humana, podemos traçar um movimento contínuo: de pequenos grupos, de vilas tribais e clãs hereditários até pequenos países e estados; e de nações a grupos maiores que transcendem fronteiras geográficas e raciais.
Os grupos à medida que aumentam e se integram também tornam-se mais organizados.  Em vez de todos realizarem basicamente a mesma tarefa, como nas sociedades primitivas de caçadores e colhedores, há nas sociedades modernas um alto grau de especializações.



Hoje em dia praticamente todos são especialistas. A interdependência e as interações da sociedade humana que disso resultam geraram uma estrutura social altamente complexa. O simples fato de pegarmos um carro e irmos ao supermercado fazer compras, exige uma rede mundial interligada ocupando pessoas nos mais diversos lugares: um seringal, um posso de petróleo, uma refinaria, uma usina siderúrgica, uma mina de cobre, uma fábrica de automóveis, uma fazenda de laranja, um fabricante de vidros e diversas firmas de importação, exportação, entre outras.
Não é apenas em um plano material que a sociedade esta cada vez mais organizada. A evolução dos seres humanos fez surgir a consciência auto-reflexiva e, com ela, a capacidade de refletir sobre o mundo que habitamos. Com isso, abriu-se a possibilidade de haver uma evolução em nível mental, onde podemos constatar a tendência organizadora manifestando-se em nós de diversas maneiras.
As muitas facetas do conhecimento humano também podem ser consideradas maneiras de organizar nossas experiências do mundo. Cada disciplina científica representa um modo particular de buscar regras e leis subjacentes, de buscar e revelar a ordem do mundo em que vivemos. A arte, do mesmo modo,  tenta trazer à consciência humana ordens ocultas da criação. Destas e de muitas outras maneiras, os seres humanos estão constantemente descobrindo novas relações e organizando cada vez mais as informações que dispomos a cerca do mundo.
Isso a sociedade humana levou a um estágio além. Organizamos informações em nós mesmos e no mundo ao nosso redor, compartilhamos nossas informações conscientemente e alteramos o externo e o interno sem esquecer-se de nossas características que nos tornam únicos. Se uma das respostas para “o que é evolução?” é a passagem de um estágio simples a algo mais complexo, então de fato a humanidade, ao longo de sua história e modo de agir alcançou.

BASES:

- OICT - Monografia 32 - paginas 15, 16 e 17. Monografia 34 - pgs 19, 20 e 21.

 - Referências ideológicas do Thomas S. Khun  
Livro: A Estrutura das Revoluções Cientificas

- (Teoria baseada no conceito do livro "Cultura: Um conceito Antropológico" de Laraia, Roque de Barros)


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